Humberto Góes
Começou na noite desta terça-feira, dia 28 de maio,
o III Encontro do Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais, em
Natal/Rio Grande do Norte.
Após apresentação teatral de Rodrigo Bico, a mesa de
abertura contou com a participação Daniel Valença, que, representando a Secretaria
de Executiva do IPDMS, resgatou a história de construção do Instituto; Cícero
Araújo, representando o MST; Natan Fernandes, representando o Movimento Posse de Hip Hop Lelo Melodia; Edmilson Lopes, Pró-Reitor de Extensão; Jorge Tarcísio da
Rocha Falcão, Pró-Reitor Adjunto de Pesquisa; Jader Leite, representando o
Programa de Pós-Graduação em Psicologia; e, Djamiro Acipreste, representando a
OAB/RN.


Natan Fernandes considerou importante a promoção de um Seminário em que a Universidade pode discutir a sua relação com os Movimentos Sociais e a construção conjunta de conhecimentos com o povo. Porém, chamou atenção da Universidade para um problema que considerou comum entre os pesquisadores e pesquisadoras, que estabelecem contato com as comunidades, fazem levantamento de dados, colhem material de pesquisa e, uma vez terminado trabalho, deixam de apresentar as conclusões de seus estudos para a comunidade.
A palestra de
abertura contou com a participação de Norman José Solórzano Alfrano, Doutor em
Direito e Doutor em Educação, professor da Universidade Nacional e da
Universidade da Costa Rica. Ao tratar de Direitos Humanos e Epistemologia, o
Professor Norman abordou o que chamou de “inversão ideológica” ou “distorção
ideológica” que, no âmbito do discurso, assimilam os Direitos Humanos como
elementos de legitimação de ações de violação de direitos. Segundo ele, ao
pensar em Direitos Humanos, é preciso aliar o debate sobre os discursos que se
têm empregado quando se trata de Direitos Humanos para impulsionar novas práticas
de defesa de tais direitos. Para tanto, é fundamental pensar os Direitos
Humanos como produtos culturais que não se admitem absolutizar ou abstrair-se
da realidade. Se fazem em luta e alimentam a luta como horizontes utópicos e,
por isso, não são parte de uma teoria fechada, mas um corpo permanente, é o que
afirma o professor.


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