A Comissão Político-Pedagógica do III Seminário Direito, Pesquisa e Movimentos Sociais divulga o edital de convocação para inscrições de resumos expandidos de trabalhos para os Espaços de Discussão aprovados para o evento.
O seminário marca um ano da criação do IPDMS e já tem como presenças confirmadas José Paulo Netto (RJ), Carlos Frederico Marés (PR), Ilse Scherer-Warren (SC) e Conceição Dantas (RN) para discutir a relação entre pesquisa, direito e movimentos sociais, enfocando a transformação social e a garantia de direitos.
Segue o edital:
III SEMINÁRIO
DIREITOS, PESQUISA E MOVIMENTOS
SOCIAIS
28 DE MAIO a 1º DE JUNHO DE 2013
(Natal-RN)
2º Edital
Convocação para inscrições de resumos
expandidos
Entre os dias 28 de maio e 1º de junho
de 2013, será realizado, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em
Natal, o III Seminário Direitos,
Pesquisa e Movimentos Sociais, com a participação de pesquisadores e
pesquisadoras de todo o Brasil.
Nas palestras serão debatidos temas como
“Pesquisa e transformação social” e “O papel dos movimentos sociais na garantia
de direitos”. Além das palestras, ocorrerão oficinas e rodas de conversa, como
também momentos para comunicações orais de trabalhos de estudantes,
pesquisadoras e pesquisadores, professoras e professores e militantes,
organizados em Espaços de Discussão (EDs).
Neste ano, recebemos inscrições de projetos
para coordenação dos EDs. Foram aprovados os seguintes EDs (ver ementas e
coordenares no Anexo I):
2. ASSESSORIA JURÍDICA POPULAR, EDUCAÇÃO
JURÍDICA E EDUCAÇÃO POPULAR
3.
CIDADE
4.
DIREITO E MARXISMO
5. FORMAS E PRÁTICAS DE
PRODUÇÃO DE CONHECIMENTOS NA AMÉRICA LATINA
6. INFÂNCIA E
ADOLESCÊNCIA
7. MUNDO DO TRABALHO, MOVIMENTO SINDICAL E
DIREITO
8. OBSERVATÓRIO DO
SISTEMA DE JUSTIÇA, DE POLÍTICAS PÚBLICAS E DO LEGISLATIVO
9. OBSERVATÓRIO MÍDIA,
DIREITOS E POLÍTICAS DE COMUNICAÇÃO
10. PARTICIPAÇÃO POPULAR E ESPAÇO URBANO: POR
UMA CONSTRUÇÃO DEMOCRÁTICA DAS CIDADES
11. POVOS E COMUNIDADES
TRADICIONAIS, POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO E CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS
12. QUESTÃO AGRÁRIA E
TERRITÓRIO
13. SOCIEDADE, CONTROLE E
VIOLÊNCIA
As inscrições dos resumos expandidos precisam
ser enviadas até o dia 02 de abril de 2013, para ipdmscorreio@gmail.com e deverão indicar:
a) no título da mensagem eletrônica - “Inscrição
resumo expandido”;
b) no corpo da mensagem eletrônica – espaço de discussão, dados pessoais e contatos eletrônico e telefônico;
c) no arquivo .doc em anexo o resumo expandido;
d) o resumo expandido deve ter no máximo 5 páginas;
e) a formatação do resumo em Times New Roman , tamanho
10, espaçamento 1,0, margens de 2 cm , com
introdução, justificativa, referencial teórico, resultados e referências bibliográficas;
f) a forma de resumo expandido para a apresentação de propostas de artigos precisa conter palavras explícitas no corpo sobre objetivos, métodos, abordagem teórica e conclusões;
g) cada pessoa poderá apresentar apenas um trabalho como autor(a);
h) cada pessoa poderá apresentar apenas um trabalho como co-autor(a);
i) os autores e co-autores não podem enviar resumos para os EDS que coordenam;
i) os autores e co-autores não podem enviar resumos para os EDS que coordenam;
j) os autores selecionados deverão enviar os trabalhos completos para a publicação nos anais no seminário até o dia 1º de maio de 2013, pelo endereço
eletrônico do IPDMS ipdmscorreio@gmail.com;
l) os trabalhos completos deverão ter entre 15 e 20 páginas (incluídos bibliografia e anexos) e obedecer às regras da ABNT.
A programação dos Espaços
de Discussão respeitará, como parâmetro, o número máximo de 5 trabalhos por sessão a fim de garantir o debate aprofundado dos temas. A comissão organizadora do Seminário poderá alterar esse número de acordo com a relevância e volume de submissões recebidas, respeitando a disponibilidade de tempo para as discussões.
A apresentação de trabalhos deve ser feita por pelo menos um autor ou co-autor, sendo ilimitado o número de co-autores.
A Comissão organizadora divulgará o resultado dos trabalhos selecionados até
o dia 08 de abril de 2013 na página
do IPDMS: http://ipdms.blogspot.com.
Para realizar a inscrição no seminário, acesse o formulário seguinte: Inscrição III Seminário Direitos, Pesquisa e Movimentos Sociais
Cronograma
·
02 de abril de
2013 – prazo final para envio dos resumos expandidos
para apresentações orais;
·
08 de abril de
2013 – divulgação dos resumos selecionados para
apresentações orais nos respectivos EDs;
·
1º de maio de
2013 – prazo final para envio da versão completa dos
artigos;
·
28 de maio a 1º
de junho de 2013 – III Seminário
Direito, Pesquisa e Movimentos Sociais.
Cidade de Goiás-GO e
Ceilândia-DF, 23 de fevereiro de 2013.
Comissão
Político-Pedagógica (CPP)
ANEXO I
Espaços
de discussão selecionados para o III Seminário Direitos, Pesquisa e Movimentos
Sociais
O
Espaço de Discussão “A
DISCUSSÃO DE GÊNERO E O DIREITO” busca reunir pesquisadoras,
pesquisadores e militantes da causa feminista para compartilharem suas reflexões
críticas sobre o direito, as práticas jurídicas ou o sistema de justiça que
tenham como foco questões de gênero, ademais as transpassadas por outros
recortes como raça e etnia. Tendo preferência pela análise dos trabalhos sob a
ótica da pesquisa participante. Os conceitos centrais que orientarão a análise
do objeto de pesquisa são a observação de trabalhos que abordem as relações
entre direito, feminismo e marxismo, a partir de quatro eixos: 1 – Relações de
gênero e movimentos sociais: o papel das mulheres nas lutas cotidianas dos
movimentos sociais por emancipação e direitos; 2 – Relações de gênero e
Academia: Educação Jurídica e Direitos Humanos; 3 – Relações de gênero e
Assessorias Jurídicas Populares; 4 – Relações de questões de gênero e o sistema
de justiça.
Fabiana Cristina Severi
Possui
graduação em Direito pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho (2000), mestrado em Direito pela Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho (2003) e doutorado em Psicologia pela Universidade de São Paulo
(2010). Atualmente é Professora da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo (USP). É responsável pelas disciplinas de Teoria
Geral do Estado, Direitos Humanos e Direito Constitucional. Realiza atividades
de pesquisa e extensão ligadas aos temas: Direitos Humanos, Democracia,
Movimentos Sociais, Educação Popular, Asssentamentos Rurais, Relações de Gênero
e Assessoria Jurídica Popular.
Maria Meire de Carvalho
Doutora
em História, na área de Gênero e Estudos Feministas pela Universidade de
Brasília - UnB (2008); Professora Adjunta da Universidade Federal de Goiás,
Campus Cidade de Goiás. Atua com os seguintes temas: Gênero, Sexualidade;
Violencia Domestica e Familiar; Imagem, Teoria Política, Cultura e Direitos
Humanos.
Ana Cláudia Aguiar Mendes da Silva
Educadora do eixo enfrentamento a violência contra as mulheres na ONG Coletivo Leila Diniz. Coordenou os cursos de Promotoras Legais Populares nas quatro regiões distritais do município de Natal. Perfil técnico – Elaboração de projetos, monitoramento, avaliação de políticas publicas para as mulheres, com ênfase na violência domestica e familiar e Direito Sexual e Reprodutivo das Mulheres. Participação na pesquisa: “Monitoramento e avaliação das Políticas Públicas de Prevenção e Combate à violência contra a mulher na Grande Natal” 2005 á 2006 e na elaboração do Boletim “onde esta o dinheiro”, edição especial; II Conferencia de Política para as Mulheres-24 e 25 de agosto de 2011. Participou de audiências públicas e seminário nacional para a avaliação da Lei Maria da Penha, representando o Coletivo Leila Diniz e Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB). Participou do Processo de Formação Nacional em Violência contra as Mulheres em diferentes contextos culturais no Brasil e diálogos de experiências exitosas no tema na América latina – processo iniciado em abril de 2007 à maio de 2008.
2.
ASSESSORIA JURÍDICA POPULAR, EDUCAÇÃO POPULAR E EDUCAÇÃO
JURÍDICA
Relações
entre a assessoria jurídica popular (AJP), educação popular e educação
jurídica; Formas de abordar o Estado e o Direito com a reflexão crítica da
educação jurídica, baseada na práxis; Discutir a ideologia na
educação, nas produções técnica e acadêmica; Experiências
sobre extensão popular e pesquisas - refletindo sobre os espaços de prática
jurídica dentro e fora das IES; Contextualizar a educação jurídica
popular, ou a educação popular em direitos humanos, presente inclusive em
projetos de extensão; A educação jurídica na perspectiva popular,
interdisciplinar e indissociabilizadora; A assessoria
jurídica universitária popular (Ajup) na RENAJU, FENED,
e\ou outras organizações; Diferenciar educação formal, não-formal e
popular; Analisar a advocacia popular e o debate sobre os serviços
jurídicos alternativos, práticas jurídicas insurgentes, advocacia estratégica
em direitos humanos, advocacy, entre tantas outras
abordagens presentes na RENAP, escritórios de direitos humanos e
organizações não-governamentais; Sistematizar e resgatar o histórico de
experiências das assessorias com os movimentos e grupos sociais,
sobretudo na América Latina; especialmente a luta das mulheres assessoras
populares, no contexto dos feminismos e outras importantes bandeiras, como a da
diversidade sexual. São referenciais teórico-metodológicos: A pesquisa-ação,
a educação popular transformadora, com perspectiva de indissociar
pesquisa, ensino e extensão, como norte das discussões a conjuntura política da
educação jurídica no Brasil, para que as práticas estudantis e técnicas do
direito contribuam para a construção de uma educação jurídica que está com os
Movimentos Sociais Populares, construindo atividades e produzindo teoricamente
sobre as reflexões de suas práticas. Também, o Movimento de Educação Popular de
Paulo Freire, o Movimento Educação de Base, O Teatro do Oprimido de Augusto
Boal, as propostas educativas dos movimentos sociais, das redes de advogados e
de estudantes. Roberto Lyra Filho, que é um marco com o Direito Achado na Rua e
o Alberto Warat, com a sua multidiversidade surrealista. Ainda citamos Jacques
Alfonsin, Miguel Baldez e Miguel Pressburger. O desafio é a construção e
consolidação da AJP como um marco teórico-metodológico. É
preciso refletir sobre seu histórico, características, relações de produção de
conhecimento, metodologias de trabalho com movimentos populares e formação de
novos educadores.
Alexandre
Bernardino Costa
Possui
graduação em Direito pela Universidade de Brasília (1986), mestrado em Direito
pela Universidade Federal de Santa Catarina (1992) e doutorado em Direito pela
Universidade Federal de Minas Gerais (2005). Ex - Decano de Extensão da
Universidade de Brasília. Atualmente é professor adjunto da UnB, membro da
comissão de exame OAB- DF - Ordem dos Advogados do Brasil e conselheiro da
Comissão de Anistia do Governo Federal. Tem experiência na área de Direito, com
ênfase em
Direito Constitucional , atuando principalmente nos seguintes
temas: ensino jurídico, direito, estado democrático de direito, reforma
curricular e novos movimentos sociais.
Liziane
Pinto Correia
Atualmente
é estudante do curso de Direito da UFPB. Participou como
estagiária do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos (2010-2011), orientada
pelo Prof. Dr. Giuseppe Tosi. Atua na Extensão Universitária Popular,
no Núcleo de Extensão Popular Flor de Mandacaru (2010-).
É pesquisadora PIVIC, orientada pela Prof. Msc. Ana Lia de Almeida,
estudando ideologia nos manuais introdutórios de Direito. É integrante da
Incubadora de Empreendimentos Solidários da UFPB, onde pesquisa tecnologias
sociais para o trabalho, orientada pelo Prof. Dr. Maurício Sardá. (2012-).
Luiz
Otávio Ribas
Atualmente
é professor substituto e doutorando em Filosofia e Teoria do Direito na
Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Possui mestrado em Direito pela
Universidade Federal de Santa Catarina (2009) e especialização em Direitos Humanos
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2008). Tem experiência na área
de Direito, com ênfase em Sociologia Jurídica , atuando principalmente nos
seguintes temas: direitos humanos, extensão, assessoria jurídica popular e
pluralismo jurídico.
3.
CIDADE
Os
movimentos sociais são instrumentos essenciais da sociedade e tem uma
importância fundamental na construção dos problemas sociais e na sua colocação
na agenda positiva política. A Constituição Federal de 1988 estabelece o
compromisso público do fortalecimento dos arranjos participativos, que são
originários dos movimentos sociais, quando do seu exercício da cidadania ativa.
As cidades brasileiras progressivamente tem se convertido em espaços de desigualdades,
em virtude das oportunidades de desenvolvimento não serem distribuídas
equitativamente em seu interior. Além disso, as inúmeras formas de opressão
(gênero, etnia, liberdade religiosa, classe social, orientação e expressão
sexual, imigrantes etc.) estão presentes no contexto urbano desigual. A
realização de grandes obras públicas e privadas, ligadas ou não aos megaeventos
que serão sediados pelo Brasil nos próximos anos, acirram os processos de
exclusão e violência, o que demanda uma resposta dos movimentos sociais e das
instituições públicas em defesa da cidade como um direito. Nesse sentido,
pretende-se criar um espaço de diálogo interdisciplinar com a intervenção de
pesquisadores que individualmente ou coletivamente possam agregar diversas perspectivas
e abordagens, contribuindo na construção de redes que promovam a reflexão
crítica sobre as cidades brasileiras e seus habitantes, assim como sobre as
múltiplas facetas e mudanças que as afetaram nas últimas décadas. O objetivo
deste espaço é de articular de maneira crítica e propositiva: ideias;
orientações e estratégias, para a construção coletiva de uma cidade múltipla,
justa e livre, com a finalidade de garantir e ampliar o Direito à Cidade.
Respeitado um marco de irrestrito pluralismo que estimule a expressão das
distintas linhas de pesquisa e correntes de pensamento, provocando um debate
frutífero e enriquecedor para todos os participantes. Os eixos temáticos são: Nova ordem urbanística instituída pela
Constituição Federal de 1988; A função social da cidade e da propriedade como
instrumentos de Gestão Urbana; Os instrumentos do Estatuto da Cidade como
controle social da desigualdade territorial; O Plano Diretor e o Ordenamento
das Cidades; Novas Identidades Urbanas e construção de subjetividades; Governos
Locais, Gestão Urbana e Ordenamentos das Cidades; Demandas cidadãs e Movimentos
Sociais Urbanos; Redes Urbanas e Serviços para a População; Poder local,
participação cidadã e políticas públicas; Conflitos socioambientais e
desenvolvimento local; Cidade Corporativa, Produção Imobiliária, Grandes
Equipamentos; Centralidades, Expansão Urbana e dispersão urbana; Cultura,
patrimônio, espaço comum: sociabilidade, urbanidade e cidadania; Acesso a terra
urbanizada e o direito à moradia; Uso do espaço: interesse público, paisagem
urbana e ambiente; Movimentos, ativismos sociais e institucionalidades:
estratégias e ações na conquista de direitos; Judicialização do Planejamento
Urbano: Planos Nacionais, Estaduais e Locais.
Henrique Botelho Frota
Graduado
em Direito e Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade
Federal do Ceará (UFC). Coordenador Geral Adjunto do Curso de Direito do Centro
Universitário Christus. Diretor do Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico
(IBDU). Membro fundador do Instituto de Pesquisa Direitos e Movimentos Sociais
(IPDMS). Integra os seguintes projetos de pesquisa: 1) “Metropolização e
Mega-Eventos: impactos dos Jogos Olímpicos/2016 e Copa do Mundo/2014” –
Observatório das Metrópolis; 2) “Soluções Alternativas para Conflitos
Fundiários Urbanos” - Secretaria de Reforma do Judiciário do Ministério da
Justiça.
João Aparecido Bazolli
Doutor
em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia. Mestre em Ciências do
Ambiente pela Universidade Federal do Tocantins. Graduado na Área de Ciências
Sociais e Aplicadas: Ciências Jurídicas e Sociais e Ciências Econômicas.
Professor Adjunto do Curso de Direito da Universidade Federal do Tocantins.
Integrante do Grupo de Pesquisa/Cnpq na área de concentração: Direitos Humanos e
Desenvolvimento. Linhas de atuação: Ambiente, desenvolvimento e regulação no
espaço urbano. Coordenador do Eixo Desenvolvimento Urbano na elaboração do
Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável para o Estado do Tocantins
2010/2030. Membro do Conselho de Desenvolvimento Urbano e Habitação de
Palmas-TO. Membro do Núcleo de Estudos Contemporâneos - NECON/UFT e Coordenador
do Projeto Programa Territorial em Palmas-TO.
4. DIREITO E MARXISMO
O
Espaço de Discussão “Direito e Marxismo”
tem por objetivos: 1) Analisar/Inventariar
as contribuições marxistas à compreensão da gênese e funcionamento da forma
jurídica; 2) Resgatar a centralidade de uma crítica estrutural ao fenômeno
jurídico; 3) Discutir as possibilidades de
resistência/insurgência dos movimentos sociais, no atual cenário do mundo do
capital, através das relações sociais regidas pelos mecanismos do direito. O Espaço
de Discussão pretende realizar um exame crítico das pesquisas que
analisaram o direito através das lentes fornecidas pelo marxismo. Tal resgate
crítico passa: 1) As configurações teóricas assumidas pelo fenômeno
jurídico na trajetória da obra de Marx e Engels; 2) Os desdobramentos da
construção de uma teoria e filosofia do direito marxista no pensamento jurídico
soviético; 3) As críticas marxistas do direito ou teorias críticas do direito
inspiradas no "marxismo ocidental"; 4) As relações entre a crítica
marxista do direito e os movimentos jurídicos críticos latino-americanos; 5)
Análise das aproximações e limites da crítica marxista do direito com a crítica
jurídica não-marxista. Além das pesquisas teóricas, o Espaço de Discussão Direito e Marxismo deve, igualmente, abarcar
pesquisas empíricas nos diversos campos do direito que se utilizem do
instrumental desenvolvido pela tradição marxista. Por fim, sobretudo, o
referido Espaço de Discussão busca
fomentar a construção necessária do diálogo entre uma crítica estrutural à
forma jurídica com a formulação de uma práxis jurídica que vislumbre as
possibilidades e limites de resistência/insurgência dos movimentos sociais
através da mediação do direito.
Alexandre Aguiar dos
Santos
Possui
graduação em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), bem
como Mestrado e Doutorado em Direito pela mesma universidade. Atualmente é
professor Adjunto da Universidade Federal de Goiás. É coordenador do Grupo
Temático Direito e Marxismo do Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos
Sociais (IPDMS). Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Teoria do
Direito, atuando principalmente nos seguintes temas: direito constitucional,
filosofia do direito, direitos humanos, educação superior, juventude e
movimento estudantil.
Moisés Alves Soares
Doutorando
em Direito do Estado pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade
Federal do Paraná. Mestre em Teoria, Filosofia e História do Direito pelo Curso
de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina como
bolsista CAPES. Professor da SOCIESC. É coordenador do Grupo Temático Direito e
Marxismo do Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais (IPDMS) Foi
pesquisador do Programa de Educação Tutorial (PET) em Direito da UFSC durante a
graduação.
Ricardo Prestes Pazello
Professor
de Antropologia Jurídica na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Doutorando
em Direito das Relações Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da
Universidade Federal do Paraná (PPGD/UFPR). Mestre em Filosofia e Teoria do
Direito pelo Curso de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Santa
Catarina (CPGD/UFSC). Pesquisador do Núcleo de Estudos Filosóficos (NEFIL/UFPR)
e do grupo de pesquisa Direito, Sociedade e Cultura (FDV/ES). Assessor jurídico
popular junto a movimentos sociais e populares do campo e da cidade, hoje
integrando o Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais (IPDMS), o
Centro de Formação Milton Santos-Lorenzo Milani (Santos-Milani) e o Instituto
de Filosofia da Libertação (IFiL). Colunista
do blogue assessoriajuridicapopular.blogspot.com.
5. FORMAS E PRÁTICAS DE
PRODUÇÃO DE CONHECIMENTOS NA AMÉRICA LATINA
O
presente Espaço de Discussão pretende debater as distintas formas e práticas de
produção de conhecimentos nos movimentos sociais e/ou nas Universidades (e
principalmente na interface entre ambos) na América Latina, notadamente na
temática de geração de direitos. Existem diferentes experiências tanto de
produção de conhecimentos teóricos e práticos pelos movimentos sociais, quanto
de “coprodução” por meio de diálogos entre pesquisadores e movimentos sociais,
o que é normalmente chamado pesquisa-militante, pesquisa-participativa ou
pesquisa-ação. Contudo, questiona-se quais os termos e os objetivos desse
diálogo; como as formas e práticas de conhecimentos locais, populares e
coletivos podem nos fazer repensar a produção de conhecimento científico e
estimular a construção de um outro tipo de saber; como criar espaços legítimos
de interlocução e coprodução; e como abrir, repensar e formular as agendas de
pesquisa universitária. Desse modo, o presente espaço de discussão faz parte de
um esforço mais amplo no sentido de discutir, avançar e construir metodologias
de pesquisa e de ação capazes de orientar e produzir, de maneira responsável e
ética, conhecimentos, atuações e interações que contribuam para a mudança
social, política e econômica. Pretende-se, assim, contribuir na articulação de
diferentes experiências, que já realizaram e realizam significativos avanços
nessa seara, tanto teoricamente como na prática cotidiana. É necessário retomar
o debate clássico sobre teoria e práxis, educação popular, pesquisa e
militância orientada para a interpretação e para a transformação, para
recolocá-lo em relação aos desafios hoje postos pelo contexto socioeconômico,
pelos movimentos sociais e pela transformação tanto da Universidade atual como
de outros centros e lócus de produção de conhecimento. É fundamental a
participação de distintos atores, como movimentos populares, professores,
estudantes e profissionais, que, apesar de possuírem uma atuação significativa
e exemplar, atualmente se encontram desarticulados, atuando com frequência de
maneira isolada no que concerne à construção de formas alternativas de produção
e reprodução do conhecimento. Propomos, para estimular o debate, a projeção de
trechos de documentários sobre experiências significativas (como por exemplo, o
documentário Resistência em Linha Negra produzido
pelo povo indígena Arahuaco do norte da Colômbia), o compartilhamento de
materiais sobre processos interessantes como a Pluriversidad comunitária Amawta y Wasi (Equador), a
intelectualidade Mapuche (Chile e
Argentina) e as experiências dos movimentos rurais e urbanos do Brasil. Será
incentivada a participação de algumas referências sobre o tema de diferentes
países da América Latina, via Skype. Serão disponibilizados, para os
participantes, três (3) textos-base para estimular as conversas e serão aceitos
artigos sobre a temática exposta.
Breno Marques Bringel
Doutor
em Ciência Política
pela Universidade Complutense de Madri (UCM), pela qual também obteve Mestrado
e Especialização em Estudos Latino-americanos e Graduação em Ciência Política. Na
atualidade é Professor Adjunto do Instituto de Estudos Sociais e Políticos
(IESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), para onde migrou o
conjunto de professores do antigo IUPERJ. No IESP-UERJ coordena, com José
Mauricio Domingues, o Núcleo de Estudos de Teoria Social e América Latina
(NETSAL). Também atua como docente no Programa Internacional de Pós-Graduação
em "Estudos Contemporâneos da América Latina" (Universidade da Costa Rica,
Universidade da República do Uruguai e Universidad Complutense de Madrid).
Participa de várias redes e grupos de pesquisa nacionais e internacionais
relacionados ao estudo dos movimentos sociais e da América Latina. Para o
mandato 2010-2014, é membro do Comitê Executivo do "Research Committee on
Social Classes and Social Movements" (RC-47) da Associação Internacional
de Sociologia (ISA) e editor (responsável para a América Latina) tanto da sua
revista "New Cultural Frontiers: sociological review"/ISA como da
"Newsletter on Social Movements". Também é editor, com Charles
Pessanha, de DADOS - Revista de Ciências Sociais. Tem experiência na área de
Sociologia e Ciência Política, com amplo diálogo com a Geografia Política. Suas
principais preocupações acadêmicas e militantes tem a ver principalmente com as
solidariedades, o internacionalismo contemporâneo e o pensamento
latino-americano.
Renata Versiani Scott
Varella
Possui
mestrado em Sociologia pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (ex-IUPERJ) e graduação em Direito pela
Universidade Federal de Minas Gerais (2004). Foi orientadora do projeto de
extensão da Vila Acaba Mundo do Programa Pólos de Cidadania da Faculdade de
Direito da UFMG e analista judiciário no Tribunal Regional do Trabalho - 3ª
Região, onde assessorava Desembargadores. Atualmente, faz doutorado no
Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de
Janeiro (IESP-UERJ), priorizando uma formação interdisciplinar e militante e trabalha
com movimentos sociais. Tem experiência nas áreas ligadas ao Direito e à
Sociologia, com ênfase em Sociologia Jurídica e Urbana. É coordenadora do
Grupo Temático Teorias Críticas, América Latina e Epistemologias do Sul do
IPDMS.
Roberta Caminero Baggio
Possui
graduação em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia (1999), mestrado
em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2002) e doutorado em
Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (2008). Atualmente é
professora adjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e professora
visitante do Curso de Mestrado em Direito Público da Universidade Federal de
Uberlândia. É conselheira da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça e
coordenadora do Grupo Temático Teorias Críticas, América Latina e
Epistemologias do Sul do IPDMS. -8300)
6. INFÂNCIA E
ADOLESCÊNCIA
O
presente Espaço de Discussão tem como foco discutir as temáticas relativas à
infância e adolescência no cenário nacional e internacional, sendo que sua
importância reside na necessidade imperiosa de analisar e refletir, de forma
crítica, as inovações normativas proporcionadas nas ultimas décadas e sua
(in)efetividade no plano fático, bem como o papel social das crianças e
adolescentes na sociedade. O grupo objetiva analisar as questões referentes à
criminalização da infância e juventude, à violência institucional, ao ato
infracional e o Sistema Socioeducativo, ao Sistema de Garantia dos Direitos
infanto-juvenis (SGD), à redução da maioridade penal, ao direito à educação, à
prioridade absoluta e sua relação com as políticas públicas pensadas para
crianças e adolescentes, à participação e ao protagonismo infanto-juvenil, ao
papel da comunicação na perspectiva infanto-juvenil, à história social da
infância, ao papel do Poder Judiciário na efetivação dos direitos
infanto-juvenis, ao trabalho infantil e à violência sexual contra crianças e
adolescentes. O referencial teórico do grupo partirá das mudanças normativas
proporcionadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, pela
Constituição Federal de 1988 e pela Convenção dos Direitos da Criança da ONU de
1989, através da doutrina da Proteção Integral, entendendo esta como fruto da
luta do movimento infanto-juvenil entre as décadas de 70-80 do século passado
que provocou mudanças sobre o papel social da criança e do adolescente no plano
normativo interno e internacional, bem como partirá de uma análise crítica da
realidade histórica imposta para determinadas crianças e adolescentes, num
cenário de desigualdades e de inefetivação de direitos.
Francisco Carlos Mourão
Neto
Advogado.
Graduado em Direito pela UNIFOR. Possui experiência em temáticas como: acesso à
terra e direitos humanos, sistema carcerário e assessoria jurídica popular.
Homero Bezerra Ribeiro
Advogado.
Mestre em
Ordem Jurídica Constitucional pela UFC. Professor de Direito
Penal e Criminologia da Universidade de Fortaleza e do Curso de Serviço Social
das Faculdades Cearenses. Membro da Rede Nacional de Advogados e Advogadas
Populares (RENAP).
Rodrigo de Medeiros Silva
Advogado.
Graduado em Direito pela UNIFOR. Experiência em Assessoria Parlamentar ,
Direito do Trabalho, Direito Eleitoral, Direito de Família, Defesa dos Direitos
da Criança e do Adolescente, Direito Indígena, Direito Ambiental, Políticas
Urbanas e organização de movimentos sociais.
7. MUNDO DO TRABALHO,
MOVIMENTO SINDICAL E DIREITO
As
transformações por que tem passado a classe trabalhadora, com a reestruturação
produtiva e o refinamento nas técnicas de exploração do capital sobre o trabalho,
colocam em evidência a necessidade de analisar quais as implicações dessas
mudanças no campo das lutas sociais. No Brasil, o movimento sindical, depois da
expressividade atingida na década de 80, perdeu espaço no cenário social,
principalmente após o desmonte dos sindicatos operado pelo neoliberalismo.
Entretanto, os últimos anos parecem apresentar sinais de ligeiro
“reaquecimento” das lutas sindicais, como comprovam alguns indicadores
quantitativos e qualitativos da atividade grevista. Recoloca-se, assim, o
debate sobre o papel do movimento sindical na superação do sistema de
exploração vigente. Neste contexto, alguns assuntos têm se destacado: aumento
do ritmo de trabalho, do tempo de trabalho, dos trabalhos informais, da
competitividade, do controle no ambiente laboral, dos problemas de saúde
ligados ao trabalho. Ou, ainda, temas como a divisão sexual e internacional do
trabalho, o neoescravismo e as discriminações vivenciadas pelos trabalhadores.
Mesmo entendendo que todas as relações trabalhistas sobre a égide do
capitalismo são marcadas pela precariedade e exploração, é possível identificar
que, historicamente, há momentos que se apresentam como mais favoráveis para o
acúmulo das forças da classe trabalhadora. E o Direito do Trabalho se apresenta
como um bom termômetro da correlação dessas forças sociais em disputa, à medida
que reprime as iniciativas da classe trabalhadora na luta política, revelando
concretamente sua natureza capitalista. Desta forma, este Espaço de Discussão
busca debater a conjuntura do mundo do trabalho e das lutas dos trabalhadores e
sua relação com o Direito, discutindo, ainda, o papel do Judiciário
Trabalhista, a questão do trabalho na teoria sociológica, e sua articulação com
temas como educação, ideologia, Estado e Economia Política.
Danilo Uler Corregliano
Mestrando
na Faculdade de Direito da USP, onde desenvolve a pesquisa: “O sistema de
controle judicial do movimento grevista no Brasil: da greve dos petroleiros em
1995 aos dias atuais”, sob a orientação do Prof. Marcus Orione. É graduado em
Direito pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Possui algumas
publicações, como: O sistema de controle social do Direito do Trabalho: notas
preliminares. O Direito Alternativo, v. 1, p. 162-189, 2011; A degradação do
trabalho nos canaviais e os direitos humanos fundamentais: o agronegócio da
cana e o caso das mortes por excesso de trabalho na região de Ribeirão Preto.
In: V Simpósio de Questão Agrária da UNESP-Franca, Franca, 2008.
Marcus Orione Gonçalves
Correia
Professor
Associado da Faculdade de Direito da USP, onde possui mestrado, doutorado e
livre-docência. É juiz federal e possui diversas publicações na área de
direitos sociais, dentre elas: Curso de Direito da Seguridade Social
(juntamente com Erica Paula Barcha Correia), 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010;
Legislação Previdenciária Comentada, 2ª ed. São Paulo: DPJ, 2009; VILLELA, José
Corrêa (Org.); CORREIA, Érica Paula Barcha (Org.). Previdência privada:
doutrina e comentários à Lei Complementar n. 109/01. São Paulo: LTr, 2005.
Atualmente, coordena um grupo de estudos sobre marxismo e direito.
Paula Talita Cozero
Mestranda
do Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade Federal do Paraná
(UFPR), na Área de Concentração “Direitos Humanos e Democracia” e possui graduação
em Direito pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). É, também, advogada
popular. É pesquisadora na área de Direito do Trabalho e Sociologia do
Trabalho, estudando aspectos atuais das relações laborais, especialmente no
tocante a novas formas de exploração do trabalho pelo capital, e sua relação
com o Direito. Dedica-se também ao estudo de temas como: trabalho rural,
práticas antissindicais e divisão sexual do trabalho.
8. OBSERVATÓRIO MÍDIA,
DIREITOS E POLÍTICAS DE COMUNICAÇÃO
O
Espaço de Discussão Observatório Mídia, Direitos e Políticas de Comunicação
apresenta um recorte teórico-metodológico que envolve, de forma abrangente,
temáticas como direitos humanos, direito à comunicação, regulação de
radiodifusão e de telecomunicações, liberdade de expressão e de imprensa, entre
outros temas correlatos à compreensão da comunicação como direito humano. Em
face disso, entende-se como inescapável a abordagem da comunicação entre todos
os (as) profissionais e ativistas de sindicatos, movimentos sociais e de
organizações não-governamentais, dada a transversalidade de sua influência
política, cultural e simbólica - em resumo, subjetiva -, à parte seus
condicionamentos econômicos, que são estruturais e superestruturais. Considera-se, com consonância com o Relatório
MacBride, publicação produzida pela Unesco no final dos anos 1970 e publicada
em 1980 ('Um Mundo, Muitas Vozes'), entende-se que “a comunicação é um aspecto
dos direitos humanos”. No entanto, há um avanço qualificador: ele é cada vez
mais concebido como o direito de comunicar, mais do que o simples e limitado
direito de receber comunicação ou de
ser informado. Esse novo processo, multidirecional, no qual os (as)
participantes - individuais ou coletivos – mantêm um diálogo democrático e
equilibrado, em oposição à ideia de monólogo, é a própria base de muitas das
ideias atuais que levam ao reconhecimento
de novos direitos humanos. A consequência primeira ao reconhecer o direito
à comunicação é “entender de que ela precisa ser vista como passível de discussão
e ação enquanto [sic] política pública essencial, tal como políticas públicas
para os segmentos de saúde, alimentação, saneamento, trabalho, segurança, entre
outros” (Murilo César Ramos). Ou seja, constitui-se de modo transversal e
interdependente, com uma verve marcadamente simbólico-cultural, com os demais
(político [executivo, legislativo e judiciário] e econômico, principalmente). É
exatamente por isso que o conceito de políticas de comunicação está mais
próximo do termo em inglês politics,
a "ação do poder sobre o poder", do que de policy, a ação racional de
múltiplos agentes públicos ou privados (Ramón Zallo). Dessa forma, políticas de
comunicação são “conjuntos integrados, explícitos e duradouros de políticas
parciais de comunicação harmonizadas em um corpo coerente de princípios e
normas dirigidos a guiar a conduta das instituições especializadas no manejo do
processo geral de comunicação de um país”, nas palavras de Luiz Ramiro Beltrán
e Jorge Daniel Cohen, lembrados por Edgard Rebouças. A fim de realizar uma
abordagem estrutural da questão apresentada, o GT/Observatório se apoia no
instrumental teórico e metodológico da Economia Política Crítica da
Comunicação, dada a necessidade de “historicizar e contextualizar o universo
das comunicações aos sistemas político-econômicos hegemônicos” (Suzy Santos).
Apesar da fragmentação dos estudos, a EPC tem o traço comum de “questionar a
ortodoxia preponderante nas raízes estruturais e instrumentais das práticas –
estatais, mercadológicas ou acadêmicas – de comunicação de massa” (Suzy
Santos). Nesse sentido, este grupo de trabalho/observatório se ampara em
perspectivas investigativas que vão abordar os seguintes vieses da comunicação:
(1) aspectos históricos; (2) aspectos políticos e jurídicos; (3) aspectos
políticos, culturais e socioeconômicos. Desse modo, se orienta pela consecução
de trabalhos que visem a: (1) revisar a história da comunicação; (2) descrever
a constituição dos diversos setores da comunicação; (3) identificar e localizar
os diferentes atores e cenários que compõem a organização da comunicação no
Brasil; (4) promover uma releitura abrangente das relações do Estado brasileiro
com os empresários dos setores da radiodifusão e das telecomunicações e também
com a sociedade civil em todo o período história.
Daniel Fonsêca
Possui
graduação em
Comunicação Social (Jornalismo) pela Universidade Federal do
Ceará (UFC, 2004), especialização em Teorias da Comunicação e da Imagem pela
mesma instituição (2008) e é mestrando em Comunicação e Cultura no Programa de
Pós-graduação em Comunicação e Cultura da Escola de Comunicação da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (ECO-Pós/UFRJ), no qual atua também como
vice-representante discente junto ao Colegiado. Foi aprovado na seleção
2012/2013 do doutorado no mesmo programa. Integra o Intervozes - Coletivo
Brasil de Comunicação Social, a Rede Brasileira de Justiça Ambiental e o
Instituto Brasileiro de Pesquisas, Direitos e Movimentos Sociais (IPDMS) e
colabora com ONGs, sindicatos e movimentos sociais. É servidor da Universidade
Federal do Ceará (UFC) desde 2004, lotado na Rádio Universitária FM. Foi editor
da revista Vida & Educação (Undime-CE) e trabalhou como repórter da Agência
de Informação Frei Tito para América Latina e Caribe (Adital).
Jairo Rocha Ximenes Ponte
Bacharel
em Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC, 2002) e Mestre em Direito
pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE, 2010). É advogado militante
desde 2003, atuando principalmente nos seguintes temas: direitos humanos,
cidadania, direitos da comunicação, direito da criança e do adolescente,
direito à cidade, meio ambiente, cooperativismo, associativismo, direito
criminal, direito administrativo, educação superior, universidade e extensão
universitária.
Renata Ribeiro Rolim
Professora
da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), possui graduação em Direito pela
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE, 2000) e doutorado em Direitos Humanos
e Desenvolvimento pela Universidade Pablo de Olavide (2006). Tem experiência na
área de Direitos Humanos e Sociologia Jurídica. Atua principalmente nos
seguintes temas: direito à comunicação, lutas sociais, democracia e esfera
pública.
9. OBSERVATÓRIO DO
SISTEMA DE JUSTIÇA, DE POLÍTICAS PÚBLICAS E DO LEGISLATIVO
Esse
espaço de discussão se constitui em torno de um dos eixos do Instituto de
Pesquisa em Direitos e Movimentos Sociais – IPDMS: Observatório do Sistema
de Justiça, de Políticas Públicas e do Legislativo. Há quase uma década a
Emenda Constitucional Nº 45 deu início à Reforma do Sistema de
Justiça no Brasil, descortinando novo cenário político-jurídico. Verifica-se,
nesse contexto, que o diálogo entre os Poderes da República encontra-se
permeado por dinâmicas próprias das instituições do sistema de justiça e
alcança audiência nacional, como ilustra a repercussão social da Ação Penal
Nº 470/STF. Delineia-se uma política judicial que revela dimensões da
justiça pouco exploradas nos debates da esfera pública. Vislumbra-se, portanto,
campo para a elaboração de interpretações inovadoras da questão, que possam
retratar as expectativas surgidas quanto à capacidade da sociedade civil de se
organizar com o objetivo de constituir elementos de uma democracia funcional no
sistema de justiça, o que se exemplifica pelas conferências e audiências
públicas, ouvidorias externas, dentre outras iniciativas similares de
participação popular. Diante desse quadro, importante conhecer os projetos para
o sistema de justiça concebidos pelos Poderes da República e aprofundar o
debate sobre política judicial. Para tanto, chamamos trabalhos que
observem de forma crítica e construtiva tais projetos. Os estudos comparados
também são bem vindos para esse aprofundamento. Pretende-se facilitar em tal
espaço a reflexão sobre essa temática e a construção conjunta de plano de ação
para o respectivo Grupo de Trabalho no âmbito do IPDMS.
João Alfredo Telles Melo
Possui
graduação em Direito pela Universidade Federal do Ceará (1981) e mestrado em
Direito (Direito e Desenvolvimento) pela Universidade Federal do Ceará (1995).
Atualmente é professor da Faculdade Sete de Setembro.
Rodrigo de Medeiros Silva
Advogado.
Graduado em Direito pela UNIFOR. Experiência em Assessoria Parlamentar ,
Direito do Trabalho, Direito Eleitoral, Direito de Família, Defesa dos Direitos
da Criança e do Adolescente, Direito Indígena, Direito Ambiental, Políticas
Urbanas e organização de movimentos sociais.
Rosane M. Reis Lavigne
Mestrado
e MBA em Poder
Judiciário pela FGV Direito Rio. Defensora Pública do Estado
do Rio de Janeiro. Integrante do grupo de pesquisa Poder Judiciário, Direitos
Humanos e Sociedade – DHPJS/UERJ. Feminista, integrante da Articulação de
Mulheres Brasileiras – AMB, Observatório Brasil da Igualdade de Gênero, Ordem
dos Advogados do Brasil - Comissão Mulher/RJ e de outras organizações governamentais
e não-governamentais voltadas à questão de gênero e defesa dos direitos da
mulher. Participante do consórcio de organizações não-governamentais e
especialistas que elaborou o anteprojeto à Lei 11.340, sancionada em 6 de
agosto de 2006, - Lei Maria da Penha. Integrante do grupo de articulação Fórum
Justiça. Desempenho com a perspectiva de gênero na área de direitos humanos,
acesso à justiça, cidadania, políticas públicas, com foco no sistema de justiça
e democracia.
10. PARTICIPAÇÃO POPULAR
E ESPAÇO URBANO: POR UMA CONSTRUÇÃO DEMOCRÁTICA DAS CIDADES
O
fortalecimento da sociedade civil brasileira, sobretudo por meio do incremento
da atuação dos movimentos sociais, associado à configuração dos municípios como
entes federativos autônomos na Constituição de 1988, não mais permite que as
decisões políticas, jurídicas e administrativas relativas ao espaço urbano
sejam tomadas sem uma adequada participação da população interessada. O Espaço
de Discussão “Participação Popular e Espaço Urbano: por uma Construção
Democrática das Cidades” visa refletir criticamente sobre as formas e os canais
de participação popular no contexto atual das cidades brasileiras. Os objetivos
do Espaço são: aproximar experiências distintas de participação popular,
levando-se em conta as diversidades regionais no Brasil e possibilitando a
construção de diálogos entre movimentos sociais, administração pública e
saberes científicos; refletir criticamente sobre os processos democráticos nas
cidades, tendo em conta as características de atuação da população e os canais,
institucionais ou não, a ela abertos; contribuir para uma configuração mais
democrática e plural da relação entre sociedade, Estado e Universidade. Como
referenciais teórico-metodológicos do Espaço de Discussão, tomam-se a
democracia participativa, a função social da cidade e a gestão democrática da
cidade. O conceito de democracia participativa surge a partir de uma crítica às
restrições do modelo de democracia liberal hegemônico até meados do século XX.
Assim, iniciativas práticas e reflexões teóricas forçam, a partir da segunda
metade do século XX, novos arranjos institucionais a configurar uma democracia
mais aberta e que requer a possibilidade da manifestação popular plural como
condição de legitimidade de suas decisões. Por sua vez, os conceitos de função
social da cidade e de gestão democrática da cidade surgem a partir do novo
paradigma instaurado com a Constituição de 1988 e com o Estatuto da Cidade,
fruto da luta dos movimentos sociais pela reforma urbana em prol de uma cidade
mais democraticamente construída e socialmente justa.
Aline Rose Barbosa
Pereira
Mestre
em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais, advogada e pesquisadora
da Pesquisa Binacional Cidade e Alteridade: Convivência Multicultural e Justiça
Urbana.
Luana Xavier Pinto
Coelho
Mestre
em Cooperação internacional e Desenvolvimento Urbano pela Universidade Técnica
de Darmstadt, Alemanha, e Instituto de Urbanismo de Grenoble-UPMF, Franca,
professora do curso de graduação em Direito da UNIPAC-Itabirito, pesquisadora
da Pesquisa Binacional Cidade e Alteridade: Convivência Multicultural e Justiça
Urbana.
Maria Tereza Fonseca Dias
Mestra
e Doutora em Direito pela UFMG, professora dos Cursos de Graduação em Direito e
em Ciências do Estado da UFMG, professora dos cursos de graduação e mestrado em
Direito na Universidade FUMEC e Assessora Jurídica Especial do Gabinete da
Prefeita de Contagem.
11. POVOS E COMUNIDADES
TRADICIONAIS, POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO E CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS
O
espaço de discussão tem por tema povos e comunidades tradicionais, políticas de
desenvolvimento e conflitos socioambientais. Pretende-se discutir como as
políticas de desenvolvimento governamentais e/ou não governamentais têm
impactado esses sujeitos coletivos e
outras populações locais, assim como gerado conflitos socioambientais em
que as relações entre Estado, Direito, Mercado, Mídia e Movimentos Socais são
foco de tensões, repressões, garantia de direitos e negociações. Com isto,
objetiva-se refletir sobre aspectos históricos, sociais, econômicos, jurídicos,
políticos, antropológicos, étnico-raciais e culturais que demarcam as
possibilidades de crítica aos modelos de desenvolvimento e a repercussão da
perspectiva dos direitos humanos, da sustentabilidade e da diversidade
cultural, em âmbito local, nacional e internacional, na confrontação e
proposição de modelos alternativos e insurgentes. Neste ED, pretende-se
contribuir com análises interdisciplinares para o tema, articulando as questões
com marcadores sociais da diferença (classe social, geração, gênero,
sexualidade, raça, etnia, entre outros), assim como à aplicação empírica,
jurídica e crítica dos instrumentos reguladores do acesso à terra, aos recursos
naturais e aos direitos em dimensões espaciais múltiplas: patrimônio cultural e
conhecimento tradicional, repartição de benefícios, consulta prévia, laudos
antropológicos, pesquisa-ação, processos judiciais, repercussão política nos
Tribunais.
Assis da Costa Oliveira
Professor
de Direitos Humanos da Faculdade de Etnodesenvolvimento da UFPA, campus Altamira. Mestre pelo Programa de
Pós-Graduação em Direito da UFPA. Associado do Instituto de Pesquisa Direitos e
Movimentos Sociais (IPDMS) e coordenador do Grupo de Trabalho Etnia, Raça,
Povos e Comunidades Tradicionais. Membro-fundador do Núcleo de Assessoria
Jurídica Universitária Popular "Aldeia Kayapó" (NAJUPAK). Pesquisador
do Grupo de Estudos e Pesquisas Afrobrasileiros e Indígenas
(GEABI/UFPA-Altamira) e do Programa de Ações Afirmativas para Povos Indígenas e
Populações Tradicionais (PAPIT). Advogado. Tem experiência nas seguintes áreas:
direitos humanos, direitos dos povos e comunidades tradicionais, direitos das
crianças e dos adolescentes, políticas de desenvolvimento, antropologia
jurídica, educação em direitos humanos e assessoria jurídica popular.
Bruno Alberto Paracampo
Mileo
Advogado,
Mestre em Direito pela UFPA, Professor da UFOPA, Vice-Coordenador do Programa
de Extensão Patrimônio Cultural na Amazônia (PEPCA/UFOPA), Pesquisador do
Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA), Associado do Instituto
Pesquisa, Direito e Movimentos Sociais e coordenador do Grupo de Trabalho
Modelos de desenvolvimento e conflitos socioambientais. Tem experiência na área
de Direitos Intelectuais, atuando principalmente nos seguintes temas:
propriedade intelectual, acesso aos recursos do patrimônio genético,
conhecimentos tradicionais, patrimônio cultural e direitos culturais.
Eduardo Faria Silva
Doutor
em Direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do
Paraná. Professor Titular de Direito Constitucional e Agrário da Universidade
Positivo. Tem interesse nas áreas de Direito, de Sociologia e de Ciência
Política, cujo tema dialogue com instituições, regulações jurídicas, processo
decisórios e gestão, relações de trabalho, ambiente e América Latina.
Eduardo Fernandes de
Araújo
Professor
(Mestre em Ciências
Jurídicas ) da UFPB na disciplina de Hermenêutica Jurídica
(Departamento de Ciências Jurídicas - Santa Rita - DCJ/CCJ/UFPB). Membro do
Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos (NCDH/UFPB). Membro do Núcleo de Estudos
e Pesquisas Afrobrasileiros e Indígenas (NEABI/UFPB). Fundador da ONG
Dignitatis - Assessoria Técnica Popular. Experiência profissional na área de
Direito, com ênfase em
Direitos Humanos , atuando principalmente nos seguintes áreas:
sociologia jurídica, direito étnico/racial, reforma agrária, instrumentos e
garantias constitucionais, mecanismos nacionais/internacionais de proteção de
direitos humanos e políticas públicas para populações tradicionais.
12. QUESTÃO AGRÁRIA E
TERRITORIAL
Os
conflitos territoriais e agrários no Brasil têm raízes históricas ligadas as
políticas desenvolvidas no país ao longo dos séculos que levaram ao processo de
concentração fundiária e exclusão de vários setores do acesso à terra e aos
recursos naturais, dentre eles destacam-se negros, camponeses, trabalhadores
rurais sem terra, indígenas, ribeirinhos, extrativistas, dentre outros. Esse
modelo gerou ao longo da história brasileira movimentos de resistência e luta
por direitos. Merece destaque o período da Assembleia Nacional Constituinte de
1987/88 quando novos atores políticos começaram a se destacar no cenário
político brasileiro como o novo sindicalismo rural, o Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Atingidos por Barragens
(MAB), o Movimento das Quebradeiras de Coco Babaçu, o movimento negro, os povos
indígenas, dentre outros, colocaram na ordem do dia os debates em torno dos
problemas da concentração fundiária, reivindicando o reconhecimento de direitos
étnicos e territoriais, por um lado, e, por outro, a extensão dos direitos
trabalhistas ao mundo rural e a promoção da Reforma Agrária. Nas décadas
seguintes, esses diferentes movimentos promoveram lutas políticas e jurídicas
para a efetivação desses direitos. No campo do direito, advogados, professores
dentre outros, desenvolveram interpretações dos dispositivos constitucionais
como função social da terra, direitos étnicos. Entretanto, a estrutura agrária
brasileira atual sinaliza que as políticas de Reforma Agrária e reconhecimento
de territórios étnicos pouco saíram do papel. Sendo assim, o GT buscará
aprofundar os debates em torno da relação entre o direito, a política e os
movimentos sociais rurais e étnicos, tendo como objetivo compreender o cenário
agrário atual. Nesse sentido, serão recebidos trabalhos que abordem linhas de
pesquisas relacionadas aos movimentos sociais rurais e étnicos, conflitos
agrários, função social da terra, atuação do judiciário na questão agrária e
étnica, Reforma Agrária, dentre outros e
que auxiliem na compreensão sobre a estrutura agrária e territorial atual.
Carlos Frederico Marés de
Souza Filho
Possui
graduação em Direito pela Universidade Federal do Paraná (1969), mestrado em Direito
pela Universidade Federal do Paraná (1988 - Proteção Jurídica dos Bens
Culturais) e doutorado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (1998 -
Direito dos Povos Indígenas). É procurador do Estado do Paraná desde 1981.
Integra o Programa de Mestrado e Doutorado da Pontifícia Universidade Católica
do Paraná, onde é professor titular de Direito Agrário e Socioambiental.
Erika Macedo Moreira
Professora
da UFG/CCG; Coordenadora do OFUNGO (Observatorio Fundiário Goiano); Doutoranda
em Direito na UnB; Pesquisadora do Moitará - grupo de estudos e pesquisas em
direitos étnicos; Membro do Cerrado Assessoria Jurídica Popular e da RENAP.
Mariana Trotta Dallalana
Quintans
Professora
Adjunta da Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(FND/UFRJ) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Doutora em Ciências
Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento
Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio
de Janeiro (CPDA/UFRRJ). Mestre em Direito pela PUC-Rio. Advogada do Centro de
Assessoria Popular Mariana Criola e da Rede Nacional de Advogados e Advogadas
Populares (RENAP).
13. SOCIEDADE, CONTROLE E
VIOLÊNCIA
Muitos
estudos têm apontado para o crescimento do processo de controle social voltado
para a pobreza em geral e para os movimentos sociais organizados. Esse controle
se manifesta tanto no campo penal, visível no aumento vertiginoso das taxas de
encarceramento, mas também pela medicalização, que reúne os interesses das
indústrias farmacêuticas na ampliação da comercialização das drogas lícitas
como mecanismo de controle comportamental. A ampliação das estruturas de
controle como resposta imediata ao crescimento da violência, decorrente da
concentração de riquezas que a gestão do capital de cunho neoliberal sedimentou
em escala global, acaba por legitimar práticas autoritárias em múltiplos campos
como na internação compulsória, no controle de comunidades pelas chamadas UPPs,
em legislações estabelecendo regimes diferenciados de cumprimento de pena, no
extermínio da pobreza diante de uma ação cada vez mais militarizada como forma
de controle da pobreza, na expulsão violenta de comunidades tradicionais,
enfim, uma legitimação de territórios enquadrados no conceito de estado de exceção.
O objetivo do presente espaço de discussão está em realizar uma troca de
análises a partir das múltiplas configurações em que se estabelecem a relação
de controle por parte do poder seja no campo penal, seja no campo médico,
possibilitando-se assim desvelar o atual cenário com uma perspectiva analítica
dialética para sua superação por parte dos movimentos sociais organizados, que
em grande medida são o público alvo das políticas de controle, gestando-se
dessa forma uma perspectiva emancipatória.
Carla Benitez Martins
Mestre
em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Graduada em
Direito pela Universidade Estadual Paulista - UNESP. Professora Assistente da
Universidade Federal de Goiás.
Fernanda Maria da Costa
Vieira
Doutora
em ciências sociais pelo Programa de Pós-graduação de Ciências Sociais em
Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA) da Universidade Federal Rural
do Rio de Janeiro (UFRRJ), mestre em direito e ciências sociais pelo Programa
de Pós-Graduaçãoem Sociologia e Direito da Universidade Federal
Fluminense (UFF), Professora Adjunta da Faculdade de Direito da Universidade
Federal de Juiz de Fora e advogada membro do Centro de Assessoria Popular
Mariana Criola e da Rede Nacional de advogados e advogadas populares.
Rubens Roberto Rebello
Casara
Possui
graduação em Direito pela Universidade Cândido Mendes (1995), mestrado em Ciências Penais
pela Universidade Cândido Mendes (2003) e doutorado em em direito pela UNESA/RJ
(2011).Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Processual Penal ,
atuando principalmente nos seguintes temas: processo penal, hermenêutica, poder
judiciário e sociedade brasileira. É também juiz de direito do Tribunal de
Justiça do Estado do Rio de Janeiro, fundador do Movimento da Magistratura
Fluminense pela Democracia (MMFD), membro da Associação Juizes para a
Democracia (AJD) e do Corpo Freudiano.
Enviei email pra inscrição no evento e ainda não recebi confirmação. O resumo de trabalho pode ser enviado até dia 22 mesmo?
ResponderExcluirPrezados,
ResponderExcluirApresento abaixo os documentos que dão sequencia a Luta da DIGNIDADE dos Bacharéis em Direito, que entendo serem de importância e relevância para divulgação.
1 - O documento “A Luz do que aí esta sou Doutor – Publicada”,http://pt.scribd.com/doc/142004947/A-Luz-do-que-ai-esta-sou-Doutor- ... , onde estamos acintosamente provocando o Ministro de Estado da Educação, o Ilustríssimo Sr. Aloízio Mercadante, a envidar esforços, no sentido de que a Autoridade Institucional de seu Ministério seja, em plenitude, Reconhecida e Respeitada.
Tal, parte da premissa, de que fatos incontestáveis, colocam a Ordem dos Advogados do Brasil, em superioridade Institucional, algo, que subverte, em essência, o Direito Constituído, onde a SOBERANIA do Estado Democrático não pode, não deve, se quer, ser arranhada, por um Órgão Institucional não vinculado hierarquicamente, nem administrativamente, ao Estado Brasileiro.
2 - o documento “Porque Sou Doutor Em Direito de Merda”,http://pt.scribd.com/doc/142382500/Porque-Sou-Doutor-Em-Direito-de- ... , onde estamos avaliando a Ementa 003 2013 SCA do CF OAB, quanto ao uso banalizado da Titularidade de Doutor, onde presumíveis referenciais corporativistas, indecorosos, imorais, ilegítimos e ilegais, A "pseudo-fundamentam".
3 - O Documento “Porque Sou Doutor Em Direito de Merda II”,http://pt.scribd.com/doc/143603634/Porque-Sou-Doutor-Em-Direito-de- ... , onde estamos apresentando a importância, e relevância, dada à questão de Falsa Titularidade, pelo Conselho Nacional de Justiça, que de forma clara, coloca todos os esforços feitos como infrutíferos, sem no entanto, deixar de cobrar do Ministro de Estado da Educação uma postura compatível à sua Autoridade Institucional, que deve ser Preservada, e Respeitada.
4 - O Documento “Porque Sou Doutor Em Direito de Merda III”,http://pt.scribd.com/doc/144681062/Porque-Sou-Doutor-Em-Direito-de- ... , onde estamos apresentando a importância, e relevância, dada à questão de Falsa Titularidade, pelo Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro, mormente, as Autoridades Institucionais de Poder de Polícia Civil, que de forma clara, coloca todos os esforços feitos como infrutíferos, sem no entanto, deixar de cobrar do Ministro de Estado da Educação uma postura compatível à sua Autoridade Institucional, que deve ser Preservada, e Respeitada.
5 - O documento “Porque sou Doutor em Direito de MERDA IV”,http://pt.scribd.com/doc/145142900/Porque-Sou-Doutor-Em-Direito-de- ... , onde estamos, mais uma vez, provocando o Excelentíssimo Ministro de Estado da Educação, a AGIR pela Respeitabilidade às Decisões, às Responsabilidades, e às Atribuições de seu Ministério, que tem o condão de Representar o Estado Brasileiro internamente, e externamente, a tudo que for relacionada à Educação de Nível Superior.
6 - O documento “Sugestão de Ação no RESGATE da Credibilidade”,http://pt.scribd.com/doc/145276286/Sugestoes-de-Acao-no-RESGATE-da- ... , onde estamos sugerindo ao Excelentíssimo Ministro de Estado da Educação, ações que venham a resgatar a Credibilidade e Respeitabilidade do Estado da República Federativa do Brasil, através de seu Ministério.
Abraços,
Plinio Marcos